
A Argentina está trazendo para todos um tema cuja discussão é inadiável.
Em meio a protextos e até greve de mulheres, um triplo feminicídio voltou a provocar comoção domingo no país.
Foi exatamente três dias depois do grande protesto contra a violência machista, que teve repercussão em cidades da América Latina e na Espanha.
Um homem de 30 anos assassinou sua ex-companheira, a irmã dela e a avó de ambas, e feriu gravemente uma bebê de sete meses em Godoy Cruz (Mendoza). Depois, ligou o gás da casa e deixou uma vela acesa, possivelmente para fazer de conta que houve um incêndio. A polícia local relatou que ele já foi preso.
- Este psicopata estava em pleno uso de suas faculdades - afirmou o ministro da Segurança de Mendoza, Gianni Venier.
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O detido é um professor de artes marciais que manteve relacionamento com uma das vítimas, uma mulher de 30 anos, segundo fontes ligadas à investigação.
O estopim do quinto protesto contra a violência de gênero foi o brutal assassinato de Lucía Pérez, uma adolescente de 16 anos que foi drogada, estuprada e empalada até a morte, em 8 de outubro em Mar del Plata.
Por esse caso, três homens estão presos.