Atingido em cheio pela dezembrite – essa síndrome do fim do ano que deixa pessoas ansiosas e deprimidas –, o homem passou a véspera da noite encantada sozinho e triste. Empoleirado num banco alto do bar da rodoviária, bebeu várias doses de refrigerante com cachaça. Já na madrugada, embriagado e sonolento, passou a mão lentamente na garrafa de Coca–Cola para umedecer os dedos e viu sair dela um gênio vestido de Papai Noel. (Aviso importante: não se trata de comercial do refri, mas sim de uma alegoria histórica sobre o Bom Velhinho).
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