A menos de uma semana das eleições, a disputa pela prefeitura de São Paulo traz um cenário totalmente indefinido. Embora os levantamentos dos principais institutos de pesquisa de opinião apontem Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) consolidados à frente, ainda são concretas as chances de Pablo Marçal (PRTB) estar no segundo turno.
Não se trata de erro de método dos institutos, mas da indecisão dos eleitores.
A última pesquisa Quaest mostrou que 33% dos entrevistados ainda podem mudar de candidato, e metade pretende definir na véspera ou na hora de apertar o botão na urna. Com margem de erro de dois pontos percentuais, o levantamento divulgado na segunda-feira (30) mostra Nunes com 24% das intenções de voto, Boulos com 23% e Marçal com 21%.
Os índices na liderança sofreram poucas alterações na comparação com pesquisas realizadas nos últimos dias. Chama atenção, contudo, o crescimento de Tabata Amaral (PSB), que saiu de 6% no início da campanha para 11%, indo no sentido contrário de Datena (PSDB), que chegou a ter 19% e agora aparece com 6%.
A indecisão dos eleitores é pouco valorizada na maioria das análises de cenário, mas em alguns casos pode significar uma diferença importante entre o raio X de momento feito pela pesquisa e o resultado efetivo nas urnas. Sem contar fatores subjetivos, como a vergonha dos eleitores em revelar o voto, que também não pode ser desprezada.
Em um cenário com três candidaturas fortes e consolidadas nas pesquisas, a escolha de última hora deve ser ainda mais relevante. Por isso, a tendência é os paulistanos irem às urnas no domingo sem qualquer indicativo de como será o segundo turno.