
Começou com Itaú, seguiu com Bradesco, e também afetou o Banrisul. Será que o problema seria só com "bancões" – tanto no sentido de tamanho quanto de instituições mais tradicionais? Nesta sexta-feira (21), ficou claro que não. As ações do Nubank também despencam, mesmo com dados do balanço de 2024 bastante positivos.
Os papéis da fintech caem 5% na abertura da bolsa brasileira e chegaram a perder quase 8% no chamado "pré-mercado" da bolsa de Nova York (Nyse).
Desde dezembro de 2021, as ações do Nubank são negociadas na Nyse, com BDRs (o equivalente nacional das ADRs de empresas brasileiras no mercado americano) na bolsa brasileira.
No quarto trimestre de 2024, o Nubank teve lucro ajustado de US$ 610 milhões – em dólares porque tem origem no Exterior – 3% acima do trimestre anterior e 54,1% a mais do que o mesmo período de 2023. Veio até pouco maior do que a média das projeções.
Mesmo assim, analistas identificaram desaceleração nos resultados da instituição financeira que mais crescia no Brasil. No ano passado, o Nubank ultrapassou o Itaú Unibanco em número de clientes e passou a ser o terceiro maior do Brasil por esse critério, atrás apenas de Caixa e Bradesco.
E, claro, neste ano o Nubank vai enfrentar o mesmo cenário dos bancões: juro alto, que em vez de favorecer, complica os negócios das instituições financeiras, sejam tradicionais ou digitais.