Depois de dois anos seguidos de alta, o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira (B3), teve queda de 10,36% no acumulado de 2024, aponta levantamento da Quantum Finance.
O pior desempenho desde 2021, quando o indicador recuou 11,93%, veio no mesmo período em que o Ibovespa chegou ao maior nível da história, de 137.343 pontos.
Conforme o analista da Nippur Finance, Norberto Sangalli Junior, no acumulado até setembro, o Ibovespa subiu até a máxima histórica por maior alívio nos indicadores econômicos, sobretudo no juro, que em níveis mais baixos, tende a favorecer a atividade das empresas — incluindo as que têm ações negociadas no mercado de capitais.
A partir de setembro, no entanto, houve mudança de rota, puxada por maior preocupação fiscal, que fez o Ibovespa descer e encerrar 2024 próximo de romper a barreira psicológica de 120 mil pontos. Na prática, significa que a maior parte das gigantes brasileiras teve seus ativos desvalorizados no ano.
E o que esperar para 2025? Sangalli Junior prevê estabilidade no primeiro trimestre, com Ibovespa próximo a 120 mil pontos, nível em que o indicador orbita nesta segunda-feira (6).
Ao longo do ano, no entanto, o analista vê lacuna para subida por maior atratividade das ações, que operam em baixa. A XP, assessoria de investimentos pela qual a Nippur Finance é credenciada, projeta Ibovespa a 145 mil pontos em 2025.
* Colaborou João Pedro Cecchini