No mesmo dia em que houve a certificação do retorno de Donald Trump à Casa Branca, o dólar teve forte queda e fechou cotado a R$ 6,111, recuo de 1,14%.
Parece contraditório, uma vez que a eleição do republicano, com pauta protecionista, tende a fortalecer a moeda norte-americana ante todas as demais. Uma publicação do jornal The Washington Post que afirma que a equipe de Trump está avaliando uma abordagem mais amena para taxas de importação fez a cotação cair — ainda que o republicano tenha negado.
Conforme a apuração do The Washington Post, tarifas mais altas seriam aplicadas apenas a setores-chave, como defesa, suprimentos médicos e produção energética. A medida reduziria o impacto da proposta inicial de impor taxas de até 20% sobre todos os produtos que chegarem ao país e de 60% sobre as importações da China.
A lógica do mercado é de que, com menores tarifas, a inflação poderá ser menor e haveria mais espaço para cortes de juro mais acentuados. Em sua rede social, Trump afirmou que seria uma "fake news" do Washington Post. O mercado acreditou no jornal.
*Colaborou João Pedro Cecchini