A americana AES entrou no Brasil pelo Rio Grande do Sul, na primeira etapa de privatização da CEEE, no final dos anos 1990. Por muitos anos, foi a distribuidora de energia no sul do Estado e em parte da Região Metropolitana.
Depois de vender sua fatia gaúcha para a concorrente RGE, por sua vez ligada à CPFL e por sua vez controlada pela chinesa State Grid, fez aquisições em São Paulo. Mesmo depois de negar as evidências de que se preparava para deixar o Brasil, a AES analisa agora ofertas de compra para deixar o país em definitivo, conforme o jornal Valor Econômico.
As interessadas nos ativos avaliados em R$ 7 bilhões no Brasil são bem conhecidas: CPFL, CTG, Engie e Equatorial estão entre os nomes especulados no mercado. E calma que "CTG" não é um centro de tradições gaúchas interessado em entrar no mercado de energia. Trata-se China Three Gorges, a empresa que é dona da maior hidrelétrica do mundo, a Três Gargantas.
No final de janeiro, quando a informação sobre os preparativos para a venda já circulavam no mercado, a AES Corp, controladora da subsidiária brasileira, emitiu um comunicado em que afirmava avaliar "alternativas para financiar o crescimento da Companhia e reforçar sua estrutura de capital, não havendo qualquer conclusão a este respeito até este momento".
Neste quase final de fevereiro, o assunto voltou a ganhar tração porque na próxima segunda-feira (26) deve ser publicado o balanço da AES Brasil, oportunidade em que analistas de mercado tentarão buscar informações sobre o atual estágio do processo de venda do negócio.