O Pix se consolidou como o meio de pagamento mais utilizado no Brasil. E, segundo levantamento do Itaú Unibanco, o uso para quitar compras de bens ou serviços cresceu 292% no Rio Grande do Sul nos primeiros oito meses de 2023, na comparação com o mesmo período de 2022. Foi o Estado com maior crescimento nessa aplicação no período.
O aumento no volume de compras com Pix foi maior que a alta do valor transacionado, que ficou em 88%. Isso resultou de queda do ticket médio, que passou de R$ 410 em 2022 para R$ 198 em 2023.
O segmento de alimentação, que corresponde às compras em mercados, representou 12% do total das transações realizadas no período. Lojas correspondem a 3%, enquanto postos de combustíveis e farmácias equivalem, cada um, a 2% dos pagamentos por Pix.
Olhando para a faixa etária, a geração Y, formada por nascidos entre 1981 e 1996, é a que mais utiliza Pix nas compras, com 53% das transações. É seguida pela geração X (nascidos entre 1965 e 1980), com 25%, pela geração Z (nascidos entre 1997 e 2010), com 17%, e babyboomers (nascidos entre 1946 e 1964), com 6%.
Por horário, 37% das compras com Pix estão concentradas na tarde, entre 12h e 18h, mas o uso à noite - considerado por muitos menos seguro - é significativo: 33% dos pagamentos por Pix ocorrem entre 18h e meia-noite. Os dados fazem parte do estudo Análise do Comportamento de Consumo, relatório que traz um panorama dos gastos dos brasileiros. A análise foi feita com base nas transações via Pix realizadas por clientes do Itaú Unibanco, considerando aquelas feitas de pessoa física para pessoa jurídica entre janeiro e agosto de 2023, na comparação com o mesmo período de 2022.
* Colaborou Mathias Boni