Como a coluna vem informando, a conta do rombo para 2023 parte de R$ 100 bilhões e chega a R$ 435 bilhões - chegava, porque será atualizada para algo mais perto de R$ 470 bilhões (veja o motivo no final da entrevista). Mas risco é diferente do "waiver fiscal" que a equipe de transição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, começou a negociar nesta quinta-feira (3) com o Congresso, ressalva Bráulio Borges, pesquisador associado de Economia Aplicada do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), um dos autores do estudo mais abrangente - o outro é Manoel Pires. Em entrevista à coluna, Borges avalia que o máximo aceitável para a "licença para gastar" pretendida pelo futuro governo é de R$ 150 bilhões. E explica por quê: equivaleria as despesas de 2023 às feitas em 2022 em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), e dentro da expectativa de mercado para aumento da dívida pública. Sim, porque é bom que se lembre: despesa acima de receita vira divida, seja em governo de A ou governo de B.
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Análise
Teto aceitável da "licença para gastar" é R$ 150 bi, diz autor de estudo de riscos fiscais
Valor permitiria manter a estabilidade das despesas federais em relação ao PIB entre este ano e o próximo, avalia Bráulio Borges
Marta Sfredo
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