Para fazer diferença, basta doar um alimento ou levar uma palavra de conforto. Mas quando é possível fazer grande diferença, é melhor ainda: 12 grandes empresas se uniram para dar um enorme fôlego ao setor hospitalar.
Serão entregues 5 mil concentradores de oxigênio, utilizados no tratamento de pacientes com covid-19 em suas próprias localidades, evitando deslocamentos para outras cidades e, consequentemente, a sobrecarga de hospitais.
O concentrador é um equipamento que separa o oxigênio do ar e o fornece ao paciente um fluxo direto e contínuo, contribuindo para a melhora de sua capacidade respiratória, um dos problemas mais sérios provocados pela doença.
Participam da iniciativa Bradesco, BRF, B3, Embraer, Gerdau, Grupo Ultra, Itaú Unibanco, Magazine Luiza, Marfrig, Natura & Co, Suzano e Unipar – vários envolvidos em outras ações de apoio no combate ao contágio. Essas empresas atenderam a uma chamada pública da Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, em apoio ao Ministério da Saúde, para essa aquisição.
A Air Liquide Brasil, líder mundial em gases, tecnologias e serviços para a indústria e saúde, fez a cotação geral para a importação dos equipamentos ao custo total de R$ 35 milhões. O uso dos concentradores é considerado essencial no combate à pandemia e para o consequente desafogamento do sistema hospitalar. Considerado o tempo médio de uso do aparelho por paciente, de uma a duas semanas, a expectativa é de que os 5 mil concentradores atendam entre 10 mil e 20 mil pacientes por mês.
Cada concentrador substitui, em média, 21 cilindros de oxigênio. Juntos, os equipamentos doados suprirão o equivalente a uma produção mensal de 1,1 bilhão de litros do insumo, volume que demandaria mais de 108 mil cilindros por mês para armazenagem. A quantidade de oxigênio fornecida por meio dos concentradores contribuirá ainda para evitar a sobrecarga na capacidade produtiva da indústria de gases.