No país em que a inadimplência ganhou status de debate público, há um indicador pouco visível, mas não menos importante. É dos brasileiros que conseguiram se livrar das dívidas, mas não conseguiram manter as contas em dia. É o índice de reincidência, apurado a cada ano pela Serasa Experian.
Embora ainda muito alto, o percentual teve a primeira queda anual desde 2015, quando o país entrou em recessão: 42,5% em 2017, ante 43,7% no período anterior. A redução é atribuída à manutenção de juro baixo. A faixa etária de 36 a 44 anos concentra a maior (44,5%) parcela de pessoas com reincidência de débitos atrasados.
Pelo critério da Serasa Experian, é reincidente o CPF que voltou a ficar negativado seis meses depois da regularização da situação de inadimplência anterior. No Sul, apesar de os percentuais médios serem menores ao longo dos últimos cinco anos, não houve redução. O efeito, no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná, antecipou-se em um ano. No mais recente, a leve variação de 0,2 ponto percentual pode ser lida como certa estabilidade.