Cinco anos atrás, quando a economia andava a passos largos, e ninguém sequer imaginava a crise, a Tecnoplanta, maior produtora mundial de mudas florestais, com sede em Barra do Ribeiro, fez uma aposta arrojada: decidiu investir na plantação de oliveiras e no processamento de azeite. Acertou em cheio.
Hoje, Rafael Marchetti e Pedro Rosa, no comando da marca Prosperato, vivem o sonho de todo empresário em tempos de recessão. Não conseguem dar conta de toda demanda pela mercadoria que vendem. O foco em uma linha extra virgem, "premium", abocanhou clientes interessados não apenas em sabor, mas em benefícios para saúde.
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Acompanhada de mais dois sócios, a dupla atua em toda a cadeia. Cultiva 280 hectares do fruto, industrializa o azeite e fornece as mudas para outros produtores – afinal, com a procura em alta, podem se tornar fornecedores da fruta no futuro.
Com pouca tradição de cultivo no Estado, a saída foi mergulhar nos livros e buscar qualificação. Marchetti foi à Califórnia aprender mais sobre azeitonas. O Brasil é um dos principais importadores de azeite. O Uruguai, por exemplo, tem uma área plantada cinco vezes maior do que a brasileira.
*A colunista Marta Sfredo está em férias