Os mistérios da existência humana, os motivos do porquê estamos aqui, as crenças em divindades, as perguntas mais antigas do mundo. Um monte de questionamentos que seguem sem uma grande comprovação. Mas o que torna as nossas vidas algo importante? Eu acredito que seja fazer o bem para os outros.
Nada enobrece mais uma pessoa do que a caridade. Dedicar tempo, conhecimento, dinheiro. Dividir o que se tem. Olhar para as necessidades que nos rodeiam e fazer o que se pode para reduzir as desigualdades. Se todas as pessoas pensassem assim (e agissem assim) o mundo seria diferente.
Caridade é algo que a gente faz por amor a nós mesmos. Perceber que temos a capacidade de melhorar alguma realidade é extraordinário. Conectar pessoas, entender demandas, ouvir quem precisa falar. O bem que se faz também é daquelas coisas que a gente guarda em segredo.
Outro detalhe importante: caridade não tem tamanho, não precisa ser calculada.
Há algum tempo venho lendo muito sobre isso. Conheci algumas pessoas que são craques em ajudar. Entre diálogos e exemplos, o que mais salta aos meus olhos é o quanto as pessoas que fazem o bem se tornam interessantes. Ajudar um bichinho indefeso também vale. Pensar no planeta, nas causas coletivas. O problema do outro não precisa ser apenas dele, concorda?
Eu resolvi escrever sobre isso aqui hoje na coluna como uma provocação para esse ano que está começando. Serve pra mim, pra você, pra todos nós! Me propus a observar mais o que me rodeia nesse novo ano.
Quando durante as enchentes milhares de pessoas foram às ruas, ajudar umas as outras, aquilo mexeu comigo. A força que a união entre as pessoas tem é impressionante. E não precisa de uma tragédia para conviver com quem a gente nem conhece e tratar como um amigo. A maior lição do ano que passou — pra mim — foi essa.
Não precisa ser franciscano, abdicar daquilo que a gente gosta, deixar de querer ter alguma coisa. Não é sobre isso. Mas quantas vezes num dia você se preocupa, de verdade, com os outros? Será que não tem ninguém precisando de uma conversa, de palavras de apoio perto da gente?
O mundo já é implacável demais pra que as pessoas sigam cada uma no seu caminho. Ser um indivíduo não pressupõe que necessariamente essa pessoa precise ser egoísta ou individualista. O senso de comunidade deveria ser nosso objetivo.
Abra um sorriso, hoje, pra alguém.