
O clássico Flamengo e Vasco, disputado na noite do último sábado (15), pelo Campeonato Carioca, não mostrou só o óbvio com mais uma vitória do time de Bruno Henrique, Cebolinha, Arrascaeta e Léo Ortiz.
No intervalo do jogo, a transmissão do SporTV mostrou uma arte com o mapa de calor, aqueles deslocamentos dos jogadores em campo, e a imagem era de um bloco com todos os 11 jogadores do Vasco dentro da grande área do gol defendido por Léo Jardim.
Eu até fiz uma foto da tela da minha TV na hora porque aquilo parecia inacreditável, mas era verdade.
A conclusão é assustadora para quem cresceu aprendendo e vendo que o Brasil tinha, pelo menos, 12 clubes gigantes. Hoje, o Vasco não faz mais parte deste grupo.
E aqui se estabelece a boa discussão porque os mais ansiosos e opositores das SAFs vão gritar que o Vasco optou por esse modelo de gestão e o que seria a salvação virou o caos. Meia verdade.
A verdade inteira está na palavra que deveria estar pintada nas paredes de todos os gabinetes de dirigentes de clubes do país do futebol: Gestão.
Porque isso o Flamengo tem de sobra e a SAF do Vasco ignorou. O Flamengo, desde o início dos anos 2010 faz sua reconstrução e hoje consegue transformar em dinheiro toda a paixão de sua enorme torcida, a maior e, potencialmente, a que mais consome e gera novos negócios para seus parceiros comerciais e anunciantes.
Mas só gestão resolve a diferença que ano após ano aparece em campo? Não. Mas encaminha o segundo momento, aquele que o clube escolhe o melhor modelo de administração: SAF ou seguir como clube associativo.
Nesta semana que passou, a nossa dupla Gre-Nal anunciou sua nova patrocinadora máster nas camisas e festejou a possibilidade de ganhar até R$ 100 milhões por ano, somando todos os patrocinadores e o alcance de mais algumas metas previstas nos contratos. Dinheiro novo que, tomara, seja bem investido. Mas é preciso mais. Só o patrocinador máster do Flamengo paga o triplo que os nossos times recebem.
Que o acordo com a Alfa seja a porta aberta para a busca de mais patrocínios, parcerias ou o desenvolvimento do modelo ideal de SAF para a nossa realidade gaúcha. E sem muita demora, por favor!
Nosso mapa de calor nos jogos contra Flamengo, Palmeiras e Botafogo não pode jamais passar por esta vergonha que o Vasco passou.