Na noite de domingo, quando a magnitude da catástrofe tomava forma, ingressei por terra no Rio Grande do Sul. Tive uma sensação de volta aos tempos de correspondente de guerra ao constatar que, pela Freeway, seguiam para Porto Alegre comboios rebocando lanchas, jet skis, água e mantimentos. No sentido oposto, milhares de luzes de automóveis anunciavam o abandono em massa da Capital. Pela primeira vez em décadas, revivi minha definição de zona conflagrada: é aquela em que alguns poucos querem entrar, e de onde muitos querem sair. A chegada a Porto Alegre dispensa placas de sinalização. Sabe-se que se está na cidade pelo som de sirenes e helicópteros.
Tragédia no RS
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Pela primeira vez em décadas, revivi minha definição de zona conflagrada: é aquela em que alguns poucos querem entrar, e de onde muitos querem sair
Marcelo Rech
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