
Depois de três edições, o Inter está numa final de Gauchão. Venceu o Caxias por 3 a 1, de virada, depois de levar um susto no primeiro tempo. Foi preciso ligar a chave do time para que ele afastasse qualquer risco de acidente numa semifinal que era praticamente protocolar. O primeiro tempo foi sem qualquer inspiração. O segundo, de transpiração e efetividade.
A noite de sábado de Carnaval com 29 mil torcedores no Beira-Rio teve altos — os dois gols Enner e sua participação efetiva na virada, o novo passo na afirmação de Victor Gabriel, autor de um passe espetacular para o segundo gol, o crescimento com gols de Vitinho —, mas também teve baixos. Ou melhor, baixas. Bruno Henrique saiu no começo do segundo tempo com dores na coxa e virou a primeira dúvida para o Gre-Nal do próximo sábado.
Roger colocou Ronaldo ao lado de Fernando assim que Bruno Henrique saiu. Mas aproveitou o final da partida para observar Ramón, lateral-esquerdo de origem, naquela posição. Foi uma amostragem pequena em que ficou nítido que Ramón precisa de mais treino, porém ele passa a ser uma alternativa. Isso se Thiago Maia não voltar para as finais, já que o Santos ainda não conseguiu fechar sua compra.
O fato é que o Inter corre agora contra o tempo para ter de volta Wesley e Borré na final. Alan Patrick é um retorno esperado. Wesley e Borré, porém, são desafios aos médicos e fisioterapeutas. Principalmente, o primeiro.
Roger chega à final com seu Inter com um time possível, diante de tantas baixas. O que torna ainda mais desafiador o que virá pela frente, os 180 minutos que valerão a história.