
O Grêmio está na final porque não desiste. Venceu o Juventude nos pênaltis em uma guinada improvável no destino do jogo e segue firme na luta pelo octa histórico.
A tarde teve dois heróis. Primeiro, um Gustavo Martins que tirou da cartola um gol em lance acrobático a dois minutos do final. Depois, um Tiago Volpi que defendeu dois pênaltis, fez outro e garantiu outra vez a classificação do Grêmio.
Embora a carga de eletricidade do jogo e a emoção de uma classificação que parecia impossível, a jornada em Caxias do Sul mostrou que o Grêmio ainda precisa definir qual será sua identidade. Será o time do quase atropelamento na Arena, no jogo de ida da semifinal? Ou será o time submetido a um adversário que havia atuado na terça-feira (25), pela Copa do Brasil?
Mesmo antes da expulsão de Jemerson, inexplicável para um jogador de 32 anos, o Juventude já havia descoberto o caminho. Acionava com bolas diretas seus atacantes em cima da linha de zaga do Grêmio, sempre com perigo. Na sua defesa, por sua vez, segurava o Grêmio.
A expulsão, é fato, agravou de forma profunda o cenário. Quinteros adotou uma estratégia perigosa. Deu a bola ao adversário e se entrincheirou em seu campo. O Juventude deu a bola para Nenê, colocou um meia a mais, Mandaca, e trocou Erick, mais coletivo, por Ênio. Assim, fez o 2 a 0 e esteve classificado até os 51 minutos.
Quinteros precisa rever alguns pontos deste Grêmio em construção. Cristaldo joga em dial diferente daquele que o modelo do novo técnico exige. Monsalve, pelo lado, é desperdício de talento. A zaga, se for jogar tão adiantada, precisa contar com a marcação agressiva dos homens de frente.
É normal um time em formação oscilar até que todos os parafusos estejam apertados. Porém, a final não oferece tempo para ajustes. É preciso saber qual Grêmio estará em campo nos dois próximos sábados: o da Arena ou o do Jaconi?
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