O Brasil perde em alguns quesitos importantes com a troca de Danilo por Fagner. A começar pela estatura. São 16 centímetros a menos na bola área, um dos pontos fracos desta Seleção de Tite. Todos os seis gols sofridos na Copa até aqui tiveram como origem os cruzamentos para a área.
Danilo tem 1m84cm e um biotipo de zagueiro. Fagner, 1m68cm. Cruzei com ele na saída do Suissôtel, em Sochi, em um dia de folga da Seleção. Confesso que demorei a reconhecê-lo, de tão franzino que é.
Há um outro ponto que também agrava o desfalque é o currículo. Danilo tem experiência no Real Madrid, foi campeão da Liga dos Campeões e está no Manchester City, a pedido de Pep Guardiola e em todos os fins de semana está na principal liga do mundo, a Premier League.
Fagner teve uma curta experiência na Europa, na Alemanha, e voltou ao Brasil para brilhar no Corinthians. É o principal lateral-direito do futebol doméstico hoje, sem sombra de dúvidas. Conta a seu favor a confiança de Tite, os dois trabalharam juntos nas últimas grandes conquistas do clube – e não foram poucas. Na Seleção, essa rodagem também se percebe nas estatísticas. É de 19 jogos de Danilo contra quatro do corintiano.
Tomara que Fagner, no campo, nos mostre que os números são frios e não pulsam quando a bola começa a rolar. E isso faz toda a diferença.