Até a década de 1950, os jornalistas se formavam nas redações dos jornais, revistas e rádios no Rio Grande do Sul. Com as mais diversas formações escolares e acadêmicas, desenvolviam as habilidades da profissão no convívio com os colegas mais experientes. Os dois primeiros cursos de jornalismo foram da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Vinculados às faculdades de filosofia, abriram as primeiras turmas em março de 1952.
Em janeiro de 1952, o Jornal do Dia publicou entrevista com o diretor da Faculdade de Filosofia da PUCRS, Irmão José Otão, que destacou os objetivos do novo curso: transmissão de cultura de forma geral e cultura especializada do jornalismo. A primeira parte seria atendida pelos professores de outras áreas. Na parte específica do jornalismo, buscaram professores nos veículos de comunicação.
O primeiro vestibular na PUCRS teve questões de língua portuguesa, francês ou inglês, história do Brasil e história das civilizações. No primeiro ano, a universidade ofereceu 60 vagas. O programa previa três anos de aulas. Em 70 anos, a Famecos, como é conhecida a Escola de Comunicação, Artes e Design, formou 6,5 mil jornalistas. A primeira turma recebeu o diploma em 1954.
A aula inaugural do curso de jornalismo da UFRGS foi em 31 de março de 1952, com uma palestra do professor Darcy de Azambuja, com o tema "A Imprensa e o Estado". A primeira turma também se formou em 1954. O orador foi Cândido Noberto, um dos maiores nomes na história da Rádio Gaúcha. Ele já era experiente na profissão, mas buscou a formação acadêmica com a chegada do novo curso.
Em 1970, a Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação (Fabico) foi criada na UFRGS, recebendo o curso de jornalismo, que ficou quase duas décadas vinculado à Faculdade de Filosofia.
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