No comando das últimas articulações antes da votação dos projetos que permitem a venda de três estatatais (CEEE, Sulgás e Companhia Rio-Grandense de Mineração), o governador Eduardo Leite (PSDB) reconheceu ações adotadas ainda durante o governo de José Ivo Sartori. A privatização das empresas, lembrou Leite, é a última etapa que resta quanto ao cumprimento de exigências feitas pela União para adesão ao Regime de Recuperação Fiscal, uma espécie de socorro para as combalidas finanças estaduais.
Nesta terça-feira (2), ao identificar a importância desta última etapa, Leite fez um reconhecimento importante sobre as medidas que já haviam sido tomadas na gestão de seu antecessor no Palácio Piratini.
— Outras medidas foram aprovadas, inclusive no governo passado. É importante compartilhar isso. Não é apenas o nosso governo. O Estado veio num conjunto de ações para levá-lo à condição de adesão ao Regime de Recuperação Fiscal. O governador Sartori aprovou a Lei de Responsabilidade Fiscal do Estado, entre outras medidas. A própria autorização para adesão ao regime foi aprovada no governo passado — reconheceu, em entrevista ao Gaúcha Atualidade.
A votação dos projetos sobre as privatizações está prevista para ocorrer nesta terça-feira na Assembleia Legislativa.
Privatizações
O governador Eduardo Leite confirmou nesta segunda-feira (1) que, caso as privatizações sejam aprovadas na Assembleia Legislativa, usará o dinheiro da venda de CEEE, Sulgás e CRM para quitar passivos do governo do Estado. Entre as dívidas, está o 13º salário de 2018, que está sendo parcelado desde janeiro, e parte dos precatórios.