
O novo valor da tarifa de pedágio da Ecovias Sul, na R-116 e na BR-392, foi reajustado. A decisão da Superintendência de Infraestrutura Rodoviária da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) foi tomada na semana passada.
Com isso, o valor para carros passou de R$ 19,60 para R$ 22,20. Apesar da elevação, os valores não serão cobrados dos motoristas em 2025.
Por contrato, a tarifa deveria ter sido reajustada no início do ano. Porém, a ANTT decidiu que a elevação ficará para o ano que vem, com um novo aumento previsto para 2026.
A decisão foi acatada pela concessionária Ecovias Sul. Como o próximo reajuste é previsto para 1º de janeiro e o contrato termina às 23h59 de 3 de março, as duas próximas elevações não deverão chegar ao bolso do consumidor.
Quando um vínculo está prestes a acabar, concessionária e ANTT costumam fazer ajustes de contas. Essa negociação é chamada de "haveres e deveres". É calculado se há dívida da empresa ou crédito. Se a Ecovias Sul tiver dinheiro a receber, esse montante deve sair dos cofres públicos para a concessionária.
A Ecovias Sul já aceitou reconstruir três pontes ao custo de R$ 45 milhões. O montante deverá entrar na negociação dos "haveres e deveres".
Um ano sem concessão
A ANTT já projeta que mais de 400 quilômetros da BR-116 e da BR-392 ficarão sem concessão por um ano. O novo contrato só deverá ser assinado em 2027. Dessa forma, caberá ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) fazer as manutenções programadas nas rodovias.
A concessionária formulou um cálculo prevendo um termo aditivo, no qual a empresa atuaria 12 meses após o fim do contrato. O pedágio seria reduzido para um valor entre R$ 8 e R$ 9. Porém, atualmente, tanto o Ministério dos Transportes quanto a ANTT desconsideram essa opção.