
Após o projeto ter sido engavetado, a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa) deverá ganhar uma nova sede na orla do Guaíba. A ideia do governo do Estado é incluir a casa de eventos na concessão do trecho dois, que está em desenvolvimento pela prefeitura.
Com o novo imóvel, o complexo cultural da Ospa deverá sair do Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff). A mudança permitirá corrigir os problemas de acústica do imóvel atual e dar maior suporte para as atividades da Fundação Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Fospa).
— Há uma ideia de, no futuro, haver uma nova sede, para resolver a questão da acústica e das áreas de suporte. Mas nada definido no momento — informa o presidente da Fospa, Gilberto Schwartsmann.
Representantes da prefeitura e do governo do Estado discutem como tirar a proposta do papel. A nova sede da Ospa encareceria bastante o projeto do trecho dois da orla, ainda mais porque a construção deverá ter uma obra resiliente, protegida das elevações do Guaíba.
A empresa São Paulo Parcerias já faz estudos considerando essa proposta. Ela tem até novembro para apresentar a estruturação do edital de concessão da área, mas os esforços são para o material estar pronto antes desta data.
— Estamos vendo como juntar esforços das Secretarias de Parcerias da prefeitura e do Estado para avançar com o projeto mais rápido — destaca o secretário municipal Giuseppe Riesgo.
Trecho dois
Depois da apresentação dos estudos, o material precisará passar por audiência pública, revisões, publicação da licitação e realização do leilão. Esse trâmite tem grandes chances de ocorrer ao longo de 2026.
Dessa forma, as obras poderão ser iniciadas durante o ano seguinte, mas há grandes chances de esses prazos serem ampliados. A área de 134 mil metros quadrados, na beira do Guaíba, está localizada entre o Arroio Dilúvio e a Rótula das Cuias.
Mesmo com as adaptações necessárias, a prefeitura não abre mão da necessidade de construção de um centro de eventos, com capacidade para 10 mil pessoas. Também estão previstos um anfiteatro, uma marina pública e um farol-mirante.
Segunda tentativa
Há mais de 20 anos, havia a previsão de a Ospa ganhar uma sede própria próximo ao Guaíba. As obras ao lado da Câmara de Vereadores chegaram a ser iniciadas, mas foram abandonadas.
O terreno foi devolvido para a prefeitura de Porto Alegre. O governo gaúcho precisou repassar R$ 2,13 milhões para a União, que havia firmado convênio para financiar a construção.