
A demora na realização de obras de reconstrução da RS-287 chegou até a mesa do governador Eduardo Leite. Um ofício foi encaminhado na segunda-feira (10) pelo senador Luis Carlos Heinze (PP).
O parlamentar pede providências com relação a quatro trechos da rodovia que ainda têm soluções provisórias, quase um ano após a enchente que atingiu o Estado. A rodovia é administrada pelo grupo Sacyr entre Santa Maria e Tabaí.
O primeiro trecho com problemas é a ponte sobre o Arroio Grande, em Santa Maria. A estrutura destruída pelas chuvas ainda não foi substituída definitivamente. A travessia na região é feita por duas estruturas metálicas provisórias instaladas pelo Exército.
Os outros três pontos com desvios precários estão localizados próximo ao Comando Rodoviário da Brigada Militar, em Novo Cabrais, no município de Candelária e nas proximidades da ponte sobre o Rio Taquari, em Venâncio Aires.
— Sou cobrado diariamente pelos usuários dessa rodovia, que clamam por uma resposta efetiva do poder público — informa o parlamentar na carta endereçada ao governador.
Heinze pede informações sobre quem será responsável pelas obras, se o governo do Estado ou a concessionária Rota de Santa Maria. Também quer saber os motivos da demora e quais providências que estão sendo adotadas para agilizar a reconstrução da via.
— Enquanto em diversas rodovias federais que cortam o estado as obras de recuperação avançam, a demora na reconstrução desses trechos da RS 287 levanta questionamentos e preocupações. Sequer máquinas são observadas nesses trechos — critica o senador na carta enviada a Leite.
Procurado pela coluna, o grupo Sacyr não respondeu aos questionamentos feitos. Já a Secretaria Estadual da Reconstrução informa que os projetos estão em desenvolvimento.
— A concessionária está fazendo os projetos executivos para recuperar os trechos. A duplicação desses trechos deve ser antecipada. A nova pista nesses trechos de Candelária e Mariante será construída paralelamente ao trecho atual. Dssa forma minimiza-se o impacto para os motoristas. Depois de feita a pista nova, o trecho atual será refeito — informa o secretário Pedro Capeluppi.
A enchente causou rupturas no asfalto em 14 trechos da rodovia. Somente na região de Agudo, por exemplo, choveu 269mm durante o dia 29 de abril.