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A recuperação do Quadrilátero Central vai demorar mais tempo para ficar pronta. A ideia da prefeitura era ver a revitalização finalizada em março, com ajustes pontuais ocorrendo até maio.
Porém, a obra no cruzamento da Rua dos Andradas com a Rua General Câmara ainda não iniciou. No local, é preciso realizar a troca do piso e da iluminação e fazer a instalação da acessibilidade.
Em outubro do ano passado, venceu a autorização que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) deu para o serviço ser executado. Em dezembro, a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Smoi) solicitou a prorrogação da autorização.
Pela proximidade com a Praça da Alfândega - tombada pelo patrimônio histórico -, esse é o único trecho da obra que requer essa validação. Enquanto a autarquia federal não responder à solicitação, a secretaria não consegue estimar o novo prazo de conclusão da revitalização.
Demais trechos
Nos próximos dias, o canteiro de obras montado na Avenida Borges de Medeiros - perto da Rua dos Andradas - será retirado para permitir que o trecho seja recuperado. Além disso, o consórcio RGS, AGR e Elmo já realiza reparos nas demais vias, como Rua Voluntários da Pátria e Rua Vigário José Inácio.
Quarta vez
A obra, que começou custando R$ 16 milhões, já está orçada em R$ 24,6 milhões. Os trabalhos, de competência do consórcio formado pelas empresas RGS, AGR e Elmo, foram iniciados em junho de 2022 e deveriam ter sido finalizados em dezembro do ano seguinte.
Esse é o quarto adiamento que a obra sofre. A primeira modificação de prazo levou o término da revitalização para fevereiro de 2024. A segunda prorrogação jogou a finalização para 12 meses depois. Na terceira vez, o término da obra foi confirmado para maio de 2025.
Sem movimento
Na Rua dos Andradas, lojistas reclamam do baixo movimento. Alguns relatam queda de mais da metade do faturamento. Os preços dos aluguéis de salas na via, porém, estão no mesmo patamar de 2019, antes da emergência global do coronavírus.