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As causas do acidente aéreo que matou dois gaúchos em São Paulo, na sexta-feira (7), contarão com um elemento a menos de apuração. O avião King Air F90, fabricado em 1981, não dispunha de caixa-preta.
A confirmação foi dada à coluna pela Aeronáutica. A legislação brasileira não exige que aeronaves com menos de dez lugares contem com o dispositivo. Dessa forma, o equipamento é considerado opcional, que pode ser instalado na fabricação da aeronave caso seja solicitado pelo proprietário.
"A regulamentação da necessidade desses equipamentos a bordo é definida pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), que estabelece os requisitos e normas para a operação de aeronaves civis registradas no Brasil", informa o comunicado.
A capacidade do avião era de oito pessoas, sendo sete passageiros e um tripulante (piloto). Este modelo é popular para o uso de táxi aéreo e viagens internacionais.
Apesar disso, de acordo com a Aeronáutica, os servidores do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa IV), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), colheram os elementos essenciais para análise do caso. As análises prosseguem a fim de buscar outras informações necessárias, a fim de identificar os possíveis fatores que contribuíram para a queda do avião. A conclusão dos trabalhos é prometida para ocorrer no menor prazo possível, dependendo da complexidade da ocorrência.
A Força Aérea Brasileira reforça que a investigação do Cenipa tem por objetivo apurar as ocorrências aeronáuticas. A intenção é prevenir que novos acidentes com características semelhantes ocorram.
O que disse o piloto
O piloto do avião, Gustavo Medeiros, buscou alertar a torre de controle que estava enfrentando dificuldades. Ele não chegou a declarar emergência. O profissional solicitou retorno imediato ao Aeroporto Campo de Marte, local da decolagem. Depois disso, não falou mais nada. A torre de controle tentou contato com o piloto, mas não obteve mais retorno.