A escolha da primeira empresa que irá atuar na duplicação do Caminho do Meio irá ocorrer em 7 de fevereiro. Vencerá a disputa quem se oferecer a fazer a duplicação a um custo menor do que R$ 157,53 milhões.
A disputa deveria ter ocorrido na semana passada. Porém, o governo do Estado prorrogou a data para fazer alterações no edital.
O trecho a ser duplicado tem 11,4 quilômetros e está localizado em Viamão. As obras deverão ocorrer num período de dois anos.
A duplicação começará por Viamão porque a prefeitura foi a primeira a ter os projetos da obra aprovados pela Caixa Econômica Federal, que presta apoio às análises do material. Enquanto isso, a região vem sofrendo com buracos.
Outros 12 quilômetros receberão obras nos trechos de Alvorada e Porto Alegre. Porém, os projetos estão mais atrasados porque as prefeituras demoraram mais para entregar a documentação necessária.
A prefeitura de Alvorada apresentou os estudos para a duplicação do seu trecho, de 4,3 quilômetros. Porém, o projeto recebeu ressalvas e solicitações de alterações pela Caixa. Dessa forma, a documentação está sendo revista, antes que seja possível iniciar a obra.
Já o trecho de Porto Alegre, que tem 7,3 quilômetros, teve os projetos entregues pela prefeitura em novembro. O edital está sendo montado.
Duplicação
A ideia é duplicar a Avenida Protásio, a partir da Avenida Saturnino de Brito, até a RS-040, em Viamão. Além disso, o trecho envolvendo a Estrada do Cocão, entre a RS-040 e a Avenida Frederico Dihl, também receberá investimento.
Ao todo, 23,2 quilômetros irão receber mais pistas, corredor de ônibus, ciclovia, calçadas, novas paradas de ônibus e iluminação. Estudos feitos pela Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan) apontam que, com a conclusão da duplicação, será possível ganhar 20 minutos de tempo no deslocamento entre as cidades, só no transporte público.
A estimativa prevista é que toda a duplicação será realizada ao longo de três anos. Além do investimento na duplicação, o governo ainda precisará realizar desapropriações de terra.
Verba perdida
Em 2012, a Metroplan conduziu estudos sobre a duplicação. Um ano depois, a obra recebeu recurso federal, mas a demora para retirá-la do papel fez com que o então Ministério das Cidades, em dezembro de 2016, anunciasse o cancelamento da verba. A ideia era duplicar o trecho e implementar corredor de ônibus, deixando a via com mais condições para receber a quantidade de veículos que recebia.