A Trensurb corre contra o tempo para reabrir suas estações entre Canoas e Porto Alegre - em 20 de setembro e 24 de dezembro. Mas, a empresa pública de transporte metroviário já projeta o futuro.
Para não voltar a ser drasticamente afetada por chuvas, que fazem transbordar as águas do Rio Jacuí, a Trensurb vai sugerir uma mudança de traçado do trem em Porto Alegre, inaugurado há quase 40 anos. A partir da estação Farrapos, os trilhos seguiriam pela avenida de mesmo nome, chegando até o centro da Capital.
Em vez de ser instalada no leito da via, o novo traçado poderia ser aéreo. Inclusive, a teconologia do aeromóvel, implementada no aeroporto Salgado Filho e prestes para ser inaugurada no aeroporto de Guarulhos, é vista como uma opção.
O traçado atual seria devolvido para a cidade, que poderia ampliar faixas das avenidas Castelo Branco e Mauá, constantemente congestionadas. A proposta é ainda embrionária e envolverá as três esferas de governo: municipal, estadual e federal, quando as discussões forem iniciadas.
Caso o projeto não saia do papel, por causa da complexidade e do alto investimento necessário, uma mudança que a atual linha do trem poderá passar é o erguimento das estações Mercado e Rodoviária. Os acessos aos passageiros são subterrâneos. Escadas rolantes, elevadores, sistemas de energia e internet foram perdidos com a enchente e precisarão ser reinstalados.
Estas novas estações seguiriam os padrões existentes nos demais pontos de embarque entre Porto Alegre e São Leopoldo. Por passarelas, os passageiros subiriam até as catracas de entrada e desceriam até as plataformas existentes, onde acessariam os trens.
Proposta semelhante
Em 2021, a prefeitura de Porto Alegre colheu dados para avaliar a construção de uma linha de aeromóvel entre o Centro da cidade e a Avenida Cairú. O veículo seria elevado e as faixas por onde trafegam os ônibus virariam canteiro, espaço para circulação de pessoas e ciclovia.
Projeto original
A linha do trensurb foi construída nas faixa de domínio da então Rede Ferroviária Federal (RFFSA) para não ser necessário gastar com desapropriações. Dessa forma, o traçado não seguiu o itinerário de deslocamento que beneficiaria um número maior de usuários.