A inauguração da Arena do Grêmio completou 11 anos em dezembro. Tão distante quanto o jogo de estreia, contra o Hamburgo, está a intrincada negociação envolvendo as obras do entorno do já não tão novo estádio.
Há anos nos tribunais, a decisão de executar a série de melhorias previstas se arrasta. Um novo capítulo, nesta terça-feira (19), voltou a colocar as empresas Karagounis e Albizia como responsáveis pelas chamadas contrapartidas. A definição está ainda longe de ocorrer.
A construção da Arena começou em 2010. Menos de dois anos depois, a prefeitura decidiu assumir as compensações previstas para a OAS executar. O Ministério Público questionou o entendimento.
Em dezembro de 2012, a Arena foi inaugurada sem as intervenções previstas no seu entorno. Em 2014, a prefeitura voltou atrás e devolveu a responsabilidade pelas obras para a OAS.
A construtora até iniciou algumas intervenções. Neste meio tempo, as obras foram cortadas em 30%. Um ano depois, a deflagração da operação Lava-Jato levou a OAS a não honrar mais suas obrigações. Em 2016, a construtora teve o plano de recuperação homologado pela Justiça.
Obras previstas
O acordo firmado em 2014 previu a necessidade de realização de oito obras. A principal delas é o prolongamento da Avenida A. J. Renner. Também prevê a conclusão da duplicação da Avenida Padre Leopoldo Brentano, desde a Avenida Voluntários da Pátria até Avenida A. J. Renner. (veja relação abaixo).
Leilão da Arena
Enquanto isso, bancos, que financiaram construção de parte do estádio, cobram o pagamento de valores devidos. Justiça de São Paulo determinou a realização do leilão.
Posição do Grêmio
De fora, o Grêmio acompanha. O Tricolor chegou a participar de algumas tratativas, mas nenhuma foi efetivada. O clube mantém a posse do estádio Olímpico como forma de se resguardar.
Produção de Maria Clara Centeno (maria.centeno@zerohora.com.br)