A prefeitura de Porto Alegre deu mais um passo para definir quem irá projetar a despoluição do Arroio Dilúvio. Na quarta-feira (19), a Unidade Permanente de Licitações da Secretaria Municipal de Administração e Patrimônio procedeu a abertura dos envelopes das empresas habilitas em participar da disputa.
O consórcio Regeneração Urbana Dilúvio, formado pela empresa gaúcha Profill, e as paulistas Consult e Pezco, apresentou o menor valor de execução dos trabalhos. Para fazer os estudos necessários, o grupo apresentou valor de R$ 4,49 milhões. O montante foi menor do que as duas outras concorrentes e quase R$ 2 milhões inferior ao que fora avaliado pela prefeitura - R$ 6,42 milhões.
O consórcio OUC Avenida Ipiranga, composto por Houer, Ethos, Aval, Viana e Masterplan - que chegou a ser desclassificado em etapa anterior, mas conseguiu reverter a decisão - ficou em segundo lugar. Já a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) ficou na terceira posição.
Antes do anúncio oficial, a comissão de licitação vai analisar as propostas. A partir da assinatura do contrato, o grupo vencedor terá até dois anos para desenvolver os trabalhos.
Prédios mais altos
Com cerca de 17 quilômetros de extensão, o Dilúvio tem sua nascente no município de Viamão, que deságua no Guaíba. Já a Avenida Ipiranga tem 9,4 quilômetros passando por onze bairros da cidade. É considerada uma importante via de mobilidade urbana, além de possuir ciclovia em toda sua extensão.
Por ano, o trecho do Dilúvio na avenida recebe aproximadamente 50 mil metros cúbicos de terra e lixo, valor equivalente a dez mil caminhões-caçamba cheios. Há também trechos sem saneamento básico e com o esgoto cloacal conectado direto no pluvial.
Após a conclusão dos estudos, a intenção é iniciar as obras num primeiro trecho – partindo da foz do Dilúvio, na orla do Guaíba. Essa primeira intervenção, que incluiria uma despoluição ao menos parcial daquela área, custaria em torno de R$ 60 milhões, valor que o governo se dispõe a bancar. Mas, para fazer a revitalização completa do arroio, a estimativa chega a R$ 1,5 bilhão.
A prefeitura pretende autorizar a construção de prédios mais altos na avenida. A ideia é atrair o interesse de empreendedores por meio dos chamados leilões de índices construtivos.