A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) redefiniu a data do leilão do prédio da antiga Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa), no cais do Porto. O imóvel está localizado às margens do Guaíba, e é facilmente identificado por quem chega ao Centro pela Avenida Castello Branco.
A disputa será realizada em 11 de agosto na B3, bolsa de valores de São Paulo. A partir de sexta-feira (2), o edital estará disponível para os possíveis interessados.
Inicialmente, a área seria leiloada em novembro de 2021, em rodada que licitou outros dois terminais portuários brasileiros. Mas o imóvel na Capital acabou sendo retirado do pacote sob a alegação do governo de que o projeto passaria por ajustes.
A concorrência é aguardada pela Portos RS, que é corresponsável pela área. Quem vencer a licitação será o administrador do espaço, que pode armazenar 18,5 mil toneladas de carga de graneis sólidos de origem vegetal. A previsão de movimentação é de 200 a 250 mil toneladas por ano neste terminal.
Além de usufruir do espaço o arrendatário terá de realizar obras. O terminal está desativado desde março de 2021 e necessita de investimentos para operar.
Cais do Porto
Porto Alegre tem um porto, com três cais de atracação. O mais conhecido é o Mauá, mas não é mais um ponto operacional. É onde está localizado o Embarcadero e é onde estão os armazéns que o governo do Estado pretende conceder para a iniciativa privada.
O segundo é o Marcílio Dias. Ele tem área operacional, mas não está recebendo atualmente movimentação de navios.
Dessa forma, o único cais com chegada de produtos é o Cais Navegantes. A área vai da Estação Rodoviária de Porto Alegre até a ponte mais antiga do Guaíba.
O Navegantes recebe navios de longo curso, que trazem fertilizantes, cevada e bobina de aço. Os armazéns do Porto são utilizados para recepcionar as mercadorias após desembarque para dar produção a operação portuária. Uma operação portuária rápida e eficiente reduz o tempo de estadia dos navios nos portos diminuindo o custo do transporte.
Leilões da Cesa
Desde que teve aprovado o plano de extinção, em 2018, a Cesa já teve ao menos 14 estrutura leiloadas pelo Estado. Os recursos dos imóveis ainda em nome da companhia estão sendo destinados para pagamento de passivos trabalhistas e dívidas com fundos previdenciários, que somam cerca de R$ 150 milhões.