A partir de 30 de janeiro, a empresa Caminhos da Serra Gaúcha (CSG) - do consórcio Integrasul - passará a administrar duas rodovias estaduais: a RS-240 e a RS-122. Também terá como missão cuidar de trechos de estradas: a RS-287, a RS-446 a RS-453, além da BR-470, entre Bento e Carlos Barbosa.
Com razão, os usuários dessas rodovias anseiam por investimentos. Os trechos administrados pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), na RS-122, na RS-453 e na RS-446, são os que mais precisarão de intervenções. Os buracos são tão conhecidos e esperados que a surpresa é quando o motorista não os encontra.
Além disso, este novo contrato prevê o fim da Curva da Morte. Localizado no quilômetro 47 da RS-122, em Farroupilha, o trecho passará a contar com um novo traçado, com mais faixas de tráfego, amenizando a curvatura atual. Mas essa obra só está prevista para sair do papel até o fim de 2026.
E é importante que os usuários destas rodovias tenham em mente estes prazos. Como de praxe, o primeiro ano de contrato prevê reparos emergenciais. É nesse período que a empresa se estrutura, começa a se remunerar e a se organizar para as missões que enfrentará.
Mas o que esperar, então, destes primeiros 12 meses? Que ao longo do ano de 2023, a CSG tem por atribuição fazer operações tapa-buracos, esse mesmo trabalho que o Daer executa.
Mas isso não quer dizer que farão o reparo de qualquer jeito. É preciso prevenir o surgimento das imperfeições, melhorando o nível de serviço das rodovias. A Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (Agergs) demonstrou ser bastante criteriosa quanto a isso.
A falta de uma comunicação mais clara sobre o que o usuário vai encontrar, fez com que, por exemplo, a CCR ViaSul recebesse críticas com relação aos cuidados com freeway, BR-386, BR-101 e Rodovia do Parque. O mesmo se passou com a Rota de Santa Maria e a RS-287.
É só a partir do segundo ano de contrato que as obras mais pesadas passam a acontecer. E as duplicações chegam entre dezembro de 2024 e dezembro de 2025.
Com relação ao novo contrato, todas as obras de infraestrutura precisarão ocorrer até o sétimo ano de contrato, ou seja, entre o fim de 2028 e o fim de 2029. As primeiras duplicações e viadutos precisam ser entregues até o fim do terceiro ano. Estão nesse prazo, por exemplo, quase 11 quilômetros da RS-122 no contorno norte de Caxias do Sul, entre o chamado viaduto torto e a saída para Flores da Cunha; a RS-453, entre Farroupilha e o entroncamento com a BR-470, em Garibaldi; e o trecho urbano da RS-240 em Montenegro. A RS-122, entre Farroupilha e São Vendelino tem duplicação prevista para o quarto ano de contrato, com mudanças de traçado, como a eliminação da chamada curva da morte, no km 47, em Farroupilha.
Pedágios
Com relação aos pedágios, a CSG já começará a cobrar tarifa nos pedágios existentes, em Flores da Cunha e Portão, ambos na RS-122. Em Flores da Cunha, o valor será de R$ 6,85, acrescido da inflação acumulada desde maio. Já em Portão será de R$ 9,83, além do adicional de inflação. Caberá à Agergs fazer o cálculo.
As demais praças a serem construídas entram em operação em dezembro de 2023. Elas estão previstas para no km 45 e no km 103 da RS-122, no km 6 da RS-446, e no km 30 da RS-287. Es postos de cobrança de Flores da Cunha e Portão também serão realocados no mesmo período. O do Vale do Caí deve ir para a área de São Sebastião do Caí.
Localização
RS-122: km 4, em São Sebastião do Caí (em substituição ao pedágio de Portão) ;
RS-122: km 45, novo pedágio em Farroupilha (na descida da Serra);
RS-122: km 103, pedágio existente em Flores da Cunha;
RS-122: km 152, novo pedágio em Ipê;
RS-287: km 30, novo pedágio em Capela de Santana;
RS-446: km 6, novo pedágio em Carlos Barbosa.