O governo do Estado concluiu a montagem do edital de concessão para revitalização do Cais Mauá. As últimas revisões escalonaram a liberação de áreas conforme a realização de obras.
Na versão anterior, o terreno das docas, por exemplo, só seria repassado ao vencedor do leilão após a realização de todas as intervenções nos armazéns. Segundo o secretário extraordinário de Parcerias do governo do Estado, Leonardo Busatto, a alteração permitiu deixar o projeto mais adequada às exigências e necessidades.
Uma reunião na tarde desta quarta-feira (10) definirá o dia do leilão, que deverá ocorrer em setembro. O edital será publicado na semana que vem. E a disputa já está marcada para ocorrer na B3, Bolsa de Valores Brasileira, em São Paulo.
Enquanto isso, o projeto já está sendo apresentado a investidores em São Paulo. O evento foi conduzido pelo governo do Estado, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Consórcio Revitaliza, autor da modelagem da revitalização do Cais Mauá. Na semana que vem, o encontro será realizado em Porto Alegre.
Em junho, o Estudo de Viabilidade Urbanística (EVU) já havia sido aprovado pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano Ambiental de Porto Alegre (CMDUA), da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus).
O terreno do cais pertence ao governo do Estado e possui uma área de 181,3 mil metros quadrados. O espaço é composto por armazéns, docas e a área do entorno do Gasômetro.
A região das docas será repassada para os parceiros em troca das obras de revitalização na área dos armazéns. Eles serão remunerados pela venda dos imóveis das docas, assim como por atividades estabelecidas na área dos armazéns e dos arredores do Gasômetro.
Sobre o muro da Mauá, o consórcio Revitaliza apresentou quatro soluções técnicas possíveis. Se alguma delas for adotada, será possível destruir a estrutura de concreto que foi construída por caus da enchente de 1941.
Ao longo da Avenida Mauá será construído um bulevar. Também haverá qualificação do passeio público, revitalização dos armazéns, do prédio do antigo frigorífico, da Praça Edgar Schneider e a urbanização da orla do cais.
Estão confirmados no projeto uma torre comercial perto da Estação Rodoviária e edifícios escalonados. As obras deverão levar 36 meses até a conclusão.