Uma importante alternativa aos motoristas que se deslocam entre a Região Metropolitana e a Serra receberá investimentos em breve. A pavimentação da chamada Transaçoriana é aguardada por quem precisa usar a BR-386 e a RS-240.
A rodovia é considerada pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) como municipal e investimentos nela cabem às três prefeituras por onde ela passa: Nova Santa Rita, Portão e Capela de Santana. A autarquia diz, porém, reconhecer a importância da Transaçoriana, mas alega enfrentar "um cenário ainda difícil para as finanças do Estado". O departamento informa que até pode avaliar intervenções em rodovias municipais mas prioriza investimento na malha estadual e solicitações precisam partir de solicitações das prefeituras.
A última vez que a estrada recebeu recursos foi entre 2013 e 2014, na gestão de Tarso Genro. À época, uma parceria entre o governo do petista e a prefeitura de Nova Santa Rita permitiu a pavimentação de 8,4 quilômetros. Na ocasião foram investidos R$ 4,5 milhões. A maior parte doa verba veio do Piratini - R$ 3,63 milhões.
Resta ainda asfaltar 9,4 quilômetros, entre Portão e Capela de Santana. Quando concluída, a estrada será uma opção para quem vem do Vale do Caí e pretende se deslocar até a Serra, e vice-versa, sem precisar usar a BR-116. Por meio da estrada, a produção rural da região é escoada para Porto Alegre e Serra, além de ser importante para outros setores, como indústrias química e metalúrgica de Portão.
E a verba para retomada da obra está vindo de emenda parlamentar. O senador Luis Carlos Heinze (PP) se comprometeu a repassar R$ 8 milhões. As propostas estão tramitando no Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR). Metade do valor irá para Capela de Santana e a outra para Portão. O recurso é aguardo pelas duas prefeituras.
O MDR esclarece que, caso sejam aprovadas as duas propostas de orçamento do senador Heinze, os municípios deverão cadastrar as propostas, que serão analisadas. Depois de aprovadas, elas são encaminhadas para a Caixa Econômica Federal para a liberação dos recursos e realização das obras.
Em 2017, as três prefeituras já tinham pedido ajuda ao governo federal, por meio da bancada gaúcha na Câmara, em Brasília.