O prazo é apertado, o caminho pela frente é longo, mas o plano foi lançado. A ideia do governo do presidente Jair Bolsonaro é ver o término da duplicação da BR-116 até dezembro de 2021. O investimento é uma das prioridades da União em solo gaúcho. Para que isso possa ocorrer três ações foram adotadas.
Plano A
A primeira delas envolve o repasse de recursos para os contratos em andamento. Com o avançar das obras, que são executadas desde 2012, foi possível chegar ao estágio atual, de liberações pontuais das partes prontas.
Dos 211 quilômetros, entre Guaíba e Pelotas, a rodovia já tem 92,4 quilômetros liberados. Já foram seis trechos entregues desde agosto de 2019. A quantidade representa 43,79% do trecho já pronto para uso nas cidades de Barra do Ribeiro, Camaquã, Cristal, Pelotas, São Lourenço do Sul, Tapes e Turuçu.
O Dnit estima que haverá ainda a inauguração de mais 23 quilômetros até o fim do ano. Desse total, dez serão do Exército. A liberação irá ocorrer em outubro, no município de Barra do Ribeiro, no lote dois.
Plano B
Como os contratos atuais já receberam muitos aditivos, e a lei de licitações trás maiores exigências quando o montante pago excede 25% do valor estipulado, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas anunciou que não está mais sendo possível conceder mais reajustes. Por causa disso, o governo está lançando novos editais. A ideia é realizar contratações de empresas que irá concluir as obras.
A primeira licitação foi publicada na segunda-feira (3). A abertura das propostas do pregão eletrônico irá ocorrer em 13 de agosto. O vencedor ficará responsável por concluir a pavimentação em dois trechos da rodovia, entre Tapes e Camaquã, que, somados, representam 43,2 quilômetros.
A previsão é gastar até R$ 19,87 milhões. A empresa precisará executar o serviço dentro de 12 meses.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informa que outras licitações serão lançadas em breve. Uma das concorrências que ainda devem ser publicadas envolverá a obra localizada entre os quilômetros 448 e 470, em São Lourenço do Sul.
Plano C
Algumas obras mais complicadas e demoradas não estão dentro da estratégia do governo quando o governo divulga que o prazo de término da duplicação é o fim do ano que vem. São os casos das obras da ponte sobre o Rio Camaquã que ainda não começaram, pois a licitação foi judicializada. E a construção de uma nova passagem sobre o São Gonçalo ainda precisa ser licitada pelo Dnit. Também será preciso contratar uma empresa que fará a construção do viaduto de acesso a Tapes e Sentinela do Sul.
Histórico
A duplicação começou a ser realizada em 2012. A previsão inicial era realizar os trabalhos dentro de dois anos. Os contratos da obra foram assinados em 2009 ao custo de R$ 868,94 milhões. Atualmente, o montante para realizar a duplicação já chega a R$ 1,57 bilhão, um aumento de 80,98% do total previsto.