Não há dia em que o Exército não seja localizado na duplicação da BR-116, entre Guaíba e Tapes. Desde janeiro de 2019, o Batalhão Ferroviário, de Lages, trabalha na região. Os serviços são executados, inclusive, em finais de semana e feriados.
Do trecho de 50 quilômetros de responsabilidade das Forças Armadas, cinco deles foram entregues em abril. E, pelo ritmo das atividades, uma nova liberação está prevista para ocorrer em outubro. A duplicação está sendo realizada em 10 quilômetros, na região de Barra do Ribeiro. Está ocorrendo a aplicação da segunda das três camadas de asfalto da pista.
O cronograma está sendo cumprido, mesmo durante o período de pandemia. Diferente de muitos canteiros de obras públicas e privadas, o Exército informa que não precisou afastar funcionários e está trabalhando com todo o efetivo previsto.
Faltarão ainda 35 quilômetros. Contratualmente, o término dos trabalhos nos lotes um e dois, entre Guaíba e Tapes, é previsto para fevereiro de 2022.
A duplicação BR-116 dos 211 quilômetros já conta com 74 quilômetros de pista duplicada entregues para uso entre Guaíba e Pelotas. Os trechos finalizados correspondem a 35% de todo o traçado, que contempla 211 quilômetros.
Recentemente, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, informou que dois lotes da duplicação passarão por novas licitações. Os pontos em que há dificuldades para a conclusão dos trabalho estão nas regiões de Camaquã e de São Lourenço do Sul. Em ambos os casos, não haveria mais possibilidade de incluir aditivos aos contratos existentes.
Exército na BR-116
A duplicação nos lotes um e dois era de responsabilidade da construtora Constran. Em recuperação judicial, a empresa não conseguiu obter o seguro garantia para retomar o contrato e teve seu vínculo rescindido com o Dnit em 17 de dezembro de 2018.
O Dnit até procurou o Comando Militar do Sul para que outros trechos da duplicação pudessem ser assumidos pelas Forças Armadas. Porém, os estudos foram encerrados e não foi possível evoluir em uma nova parceria.
Oito anos de obras
A duplicação da rodovia começou em 2012 e deveria durar dois anos. Pela previsão atual do governo, a obra deve ser finalizada até dezembro de 2021.
Os contratos da obra foram assinados em 2009 ao custo de R$ 868,94 milhões. Atualmente, o montante para realizar a duplicação já chega a R$ 1,57 bilhão, um aumento de 80,98% do total previsto.