O processo de restauração da estátua do Laçador poderá começar a partir de setembro. O Conselho Estadual de Cultura aprovou o projeto. A prefeitura de Porto Alegre também já havia autorizado o início dos trabalhos.
A restauração só depende agora da captação de recursos pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura. A recuperação da obra de Antônio Caringi, inaugurada em 1958, deverá custar R$ 950 mil. A prefeitura de Porto Alegre vai arcar com 10% dos custos.
Os trabalhos deverão durar doze meses. A mudança de local da obra foi cogitada, mas, ao final da restauração, a estátua voltará para o mesmo lugar.
Inclusive, a Secretaria municipal da Cultura solicitou à Secretaria do Meio Ambiente que o sítio passe por uma limpeza para quando o Laçador voltar. A expectativa da prefeitura é que, com a nova lei de adoção de monumentos e praças, o sítio passe a receber um cuidado mais constante.
- A prefeitura nunca analisou (a troca de lugar). Nunca tramitou oficialmente - diz o coordenador da Memória Cultural da Secretaria Municipal da Cultura, José Francisco Alves.
Segundo Alves, se houver alguma análise de troca da estátua, este processo deve durar aproximadamente dois anos, pois envolve várias secretarias, obras viárias, arquitetônicas e ambiental.
A Fraport, empresa alemã que administra o Salgado Filho, já ofereceu um espaço para que a estátua seja reformada. O aeroporto fica a poucos metros da localização atual da obra, o que facilitará o transporte e reduzirá os custos do trabalho, que se estenderá por alguns meses.
Após uma vistoria realizada em março de 2017, o restaurador francês Antoine Amarger identificou a presença de fissuras, problemas estruturais, água, vegetais e insetos no monumento. O sítio do Laçador foi construído há 11 anos.
A estátua ficava antes na avenida Farrapos com avenida Ceará e precisou ser transferida quando o viaduto Leonel Brizola foi construído. Na época, o local foi definido com a intenção de evitar uma mudança radical na sua localização.
A restauração do Laçador faz parte de um projeto chamado Construção Cultural, realizado desde 2014, por meio de parcerias firmadas entre a prefeitura de Porto Alegre, a Associação Sul Riograndense de Construção Civil e o Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul, além de verbas do programa Pró-Cultura da Lei de Incentivo à Cultura. O projeto já atuou nas intervenções de 32 monumentos na Redenção.