A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.

Para os criadores de aves de raças puras, não há dúvida: ter um grande campeão de uma feira agropecuária no seu quintal vale mais do que dinheiro. Serve como uma vitrine para a genética trabalhada na propriedade.
Mas esse trabalho é importante também para as cidades. É o que argumenta Helena Noschang, presidente da Associação Brasileira de Preservadores e Criadores de Aves de Raças Puras e Ornamentais (APCA):
— Se não tem raça pura, não tem galeto. Porque as galinhas comerciais provêm da raça pura. É necessário, pelo menos, três raças diferentes para fazermos o cruzamento certo e termos o galeto que está todos os dias na nossa mesa.
E é isso o que foi retomado após um hiato de dois anos por causa da influenza aviária. Com a publicação de uma instrução normativa em novembro do ano passado, esses animais voltam, aos poucos, a participar de feiras agropecuárias em todo o Estado.
Atualmente, aliás, a APCA tem cerca de 40 sócios — 70% foram perdidos por causa das proibições.
Por isso, continua Helena, esse retorno "está sendo tão comemorado":
— Era uma tristeza ir para a Expointer, por exemplo, e só passear. As feiras traduzem a valorização do nosso trabalho.
Para a 45ª Expoleite e a 18ª Fenasul, que serão realizadas entre 14 e 18 de maio, no parque Assis Brasil, serão levadas cerca de 60 aves. Serão elas que marcarão o retorno da participação desses animais em Esteio.