A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.

Com a proximidade da Semana Santa, começam a se multiplicar pontos de venda de peixes em todo o Estado. E um dos mais tradicionais inicia nesta segunda-feira (14), com um sentimento de retomada após a enchente. É a 245ª Feira do Peixe de Porto Alegre.
Para este ano, a expectativa é de que, até sexta-feira (18), as 47 bancas montadas no Largo Glênio Peres comercializem, pelo menos, as 499 toneladas do ano passado. O preço também deve se manter ao de 2024 para embalar as compras.
Gilmar Coelho, presidente da Colônia de Pescadores Z-5, lembra que a enchente afetou não só a atividade, mas também a moradia dos pescadores da Capital. Na Ilha da Pintada, por exemplo, residência de parte deles, a água alcançou impressionantes 2,5 metros de altura. Com a pesca retomada, "agora, é hora de retomar também as festividades", diz:
— E, quem sabe, até superar as vendas do ano passado.
Secretário municipal de Governança Local e Coordenação Política de Porto Alegre, Cassio Trogildo faz coro:
— Há menos de um ano, a cidade estava inundada por água e soterrada por areia. Vamos comemorar a resiliência do pescador na feira da reconstrução.
O cardápio à venda pescado por 100 famílias da região terá desde peixes frescos, resfriados e congelados até fritos prontos para consumo — além da famosa tainha assada na taquara. Conforme a Emater, 20% da produção anual é comercializada neste período.
A Feira do Peixe é organizada pela prefeitura e a comunidade, representada pelo Orçamento Participativo (OP) e a Colônia de Pescadores Z-5.
Os horários da Feira do Peixe
O tradicional evento que antecede a Páscoa ocorre até o dia 18, no Centro Histórico de Porto Alegre. Confira os horários:
- De segunda a quarta-feira, das 8h às 22h
- Na quinta-feira, das 8h a 0h
- Na sexta-feira, das 8h às 13h