A jornalista Bruna Oliveira colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.

Assunto sensível para cultivos agrícolas como a uva e a oliva, a deriva de herbicidas hormonais pode ser evitada com informação. Isso porque a principal causa do espalhamento dos produtos é justamente a aplicação incorreta.
Na Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, no norte do RS, um simulador de deriva é capaz de demonstrar, na prática, como se comportam as aplicações a depender das condições do vento e das ferramentas de pulverização utilizadas. O instrumento é usado em capacitações de produtores no interior do Estado e faz parte de iniciativa do braço de boas práticas da Corteva.
Jair Maggioni, coordenador de boas práticas agrícolas da empresa, explica que cada agroquímico tem uma categoria ou tamanho de gota. Portanto, é preciso estar atento às especificidades do produto antes de aplicar. Gotas muito finas são levadas pelo vento, escapando do alvo e se espalhando para outras culturas, resultando em casos de deriva.

A velocidade ideal de vento para as aplicações é entre 3 km/h e 10 km/h. Acima disso, há espalhamento. Da mesma forma, aplicar em dias sem vento faz com que o produto fique parado e não seja absorvido, também gerando ocorrência de deriva.
O simulador ajusta as velocidades de vento às diferentes pontas de pulverização, demonstrando como se comporta a aplicação nas condições determinadas. O tamanho adequado das pontas também é fundamental para que não haja deriva.
— O simulador mostra de maneira visual os cuidados que são necessários. É explicar ao agricultor o que ele precisa fazer para aplicar no alvo certo, não perder produto e não atingir outra cultura que pode ser sensível — diz Maggioni.