A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
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Mais do que máquinas de irrigação que só faltam falar e pensar sozinhas, o Show Rural Coopavel trouxe, para esta edição, no interior do Paraná, uma série outras tecnologias aliadas ao produtor em momentos de escassez hídrica no campo. Até porque, na avaliação do chefe-geral da Embrapa, Alexandre Nepomuceno, na hora de quem sofre com esse problema ir às compras, a irrigação "não pode ser a única solução":
—A gente tem também que cuidar dos nossos aquíferos, preservar as nascentes, por exemplo.
No estande da Embrapa, foi lançado em parceria com a Cooperativa Coopavel durante a feira um bioinsumo que auxilia a planta a se desenvolver mesmo em meio à seca. É o Azoscoop, espécie de inoculante para a cultura do milho que contém bactérias promotoras de crescimento das raízes.
— Com essa bactéria, se der seca, a chance da planta conseguir alcançar água do solo é maior — explica Nepomuceno, que se dedica a estudar espécies resistentes a estresse hídrico há décadas.
O pesquisador também reforça a importância do manejo das lavouras para reduzir danos por estiagem. Na avaliação dele, o Rio Grande do Sul, por exemplo, tem muito o que aprender com o Paraná, que adota mais técnicas de plantio direto e de rotação de culturas do que o Estado gaúcho.
— Na rotação de culturas, espécies com diferentes sistemas radiculares fazem com que o solo vire uma esponja, uma caixa d'água. Assim como, no plantio direto, a palha ajuda a baixar em até 20ºC a temperatura do solo — detalha o pesquisador da Embrapa.
*A coluna viajou a convite do Pool de Imprensa Show Rural Coopavel