A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.

O governo federal informou nesta semana que trabalha para que a reabertura de países à carne de frango gaúcha ocorra a partir de setembro. É quando, segundo Marcelo Mota, diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, deve ser concluído o levantamento de dados do caso de Newcastle e enviado à Organização Mundial de Saúde Animal para encerramento em definitivo da vigilância sanitária do local do foco.
— A partir disso, os países que ainda mantêm embargos (ao Rio Grande do Sul) deverão suspendê-los ou fazer missão aqui para retomar suas compras — reforça José Eduardo dos Santos, presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav).
O Rio Grande do Sul está há mais de um mês com suas exportações suspensas após a detecção de um foco isolado da doença em uma granja comercial localizada em Anta Gorda, no Vale do Taquari. Países comercialmente relevantes para o Estado, como China, Chile e México, chegaram a reabrir o seu mercado para o Brasil, mas mantiveram o embargo ao território gaúcho.
A sinalização do governo federal da reabertura comercial veio em reunião no início da semana, organizada pela Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), para discutir estratégias sobre o assunto.
— É importante que o Rio Grande do Sul todo se normalize porque o Estado também é Brasil. E tendo a imagem do Brasil como livre de embargos é bom para todo o agronegócio — acrescentou ainda Santos.
No Estado, segue mantida atividades de vigilância passiva. Já no local do foco, seguem sendo feitas revistorias nas granjas comerciais até todas as 500 mil aves forem eliminadas.