Os números superlativos da Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, que terminou com marcas para fazer história, fazem da missão de seguir crescendo um desafio anual. Quando uma edição termina, a próxima já começa a ser projetada. E, com a expansão recorrente do público (nos cinco dias de evento, praticamente uma cidade de Pelotas passou pelo local), ajustes na infraestrutura precisam ser pensados.
— O desafio é fazer uma feira maior do que essa, se é que isso é possível — disse o prefeito de Não-Me-Toque no balanço final da Expodireto.
O município — e outros no entorno — se transformaram e se transformaram a partir do evento. O público recorde para um dia — 91,25 mil pessoas na quarta-feira — representa cinco vezes a população local. De hoteis a serviços, abre-se uma nova escala.
Pela primeira vez na história, como colocou Nei César Mânica, presidente da Expodireto Cotrijal, o estacionamento ficou totalmente lotado, sem vagas. Alternativas começarão a ser buscadas a partir de agora, incluindo novos espaços para veículos em outros pontos no entorno do parque, na RS 142. Na parte da exposição, 2024 deverá permitir um maior aproveitamento da área de 33 hectares incorporadas neste ano.
— A Expodireto é uma exposição de oportunidades e de otimismo — reforçou Mânica, ao comentar os resultados.
Nem mesmo o cenário de estiagem e escassez de crédito em linhas do Plano Safra freou o crescimento das propostas encaminhadas. Muitos produtores de outros Estados, completou o dirigente, escolhem a feira para fazer compras em razão das condições especiais.
Outro destaque desta edição veio do Pavilhão Internacional.
A delegação dos Emirados Árabes fechou negócios importantes e ajudou a impulsionar o crescimento de 85% nas cifras obtidas, que chegaram a R$ 114,96 milhões.
Na agricultura familiar, o resultado também teve um sabor especial.