Duramente impactado pelas restrições trazidas pela covid-19, o setor de flores tenta ganhar um pouco de fôlego em uma das suas datas mais representativas: a do Dia das Mães. Ao longo da semana, a Associação Rio-Grandense de Floricultura (Aflori) entregou ao governador Eduardo Leite o modelo adotado por São Paulo. Assim como Minas Gerais, permitiu o retorno das atividades de floriculturas e gardens a partir do último dia 30, desde que respeitados os cuidados devidos para prevenção da transmissão do coronavírus. O entendimento foi de que o setor faz parte das atividades agropecuárias, consideradas essenciais.
Em outra ação, articulada pelo Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor) e Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), foi feita solicitação ao Ministério da Agricultura para a reabertura, em caráter excepcional, no período que antecede o Dia Das Mães. Como resposta, a pasta sinalizou, por meio de nota, de que fará a recomendação para que a medida seja adotada nas próximas duas semanas.
No país, a estimativa é de que as vendas do setor tenham caído 80%. No Estado, segundo Valdecir Ferreira, o maior impacto foi nas chamadas plantas de corte, com tombo que supera o percentual nacional em razão da não realização de eventos. Muitos produtores estão migrando para hortigranjeiros por “questão de sobrevivência”. Nas plantas de jardim, o recuo é menor, variando entre 40% e 60%. As perdas se concentram em negócios destinados a restaurantes e indústrias.
– A flor é um alimento para a alma. Estamos lutando para manter a atividade – afirma o presidente da Aflori.