Para evitar que a escassez de recursos de linhas do BNDES seja um obstáculo às vendas na Expodireto, bancos presentes na feira levarão crédito abastecido com seus recursos. No ano passado, o dinheiro disponível para financiamentos do Pronaf Mais Alimentos, voltado à agricultura familiar, acabou antes de o evento começar.
Banco do Brasil, Sicredi e Banrisul terão linhas com condições (taxa de juro e prazos) nos mesmos parâmetros do BNDES, mas aporte próprio. E, apesar de reconhecerem que a falta de chuva que compromete a produção de grãos deve trazer impactos, não trabalham com a perspectiva de resultado ruim.
– Temos certeza de performance superior à do ano passado. Em razão do momento que a agricultura vem vivenciando, apesar do alerta da estiagem – projeta Robson Oliveira Santos superintendente-executivo de crédito de agronegócio do Banrisul.
Com a meta de ganhar terreno na carteira rural, o banco pretende dobrar o montante de negócios encaminhados durante a exposição. No ano passado, foram R$ 168 milhões. Para 2020, reservou R$ 350 milhões, valor que não é limite. Otimismo calçado nos 35 mil produtores com crédito pré-aprovado.
O BRDE também projeta crescer e acena com R$ 200 milhões para o período da feira.
Com 60% do crédito rural, o Banco do Brasil também investiu na preparação do terreno. O superintendente estadual, Everton Kapfenberger cita 27 eventos regionalizados e 103 rodadas de negócios em agências com foco na Expodireto, abrangendo 3,84 mil clientes.
– A disposição em investir do produtor continua existindo em razão da necessidade. Não faltarão recursos – afirma, sem explicitar valores.
O Sicredi chega à feira com a sinalização de R$ 220 milhões e a mesma condição de que recurso não é problema. No ano passado, as propostas somaram R$ 190 milhões. A maioria, 61%, da agricultura familiar, grande foco da instituição.
– A expectativa é de mantermos o ritmo. A Expodireto tem ganhado cada vez mais importância – Márcio Port, vice-presidente da Central Sicredi Sul/Sudeste.