
São sete as propostas que a Secretaria da Agricultura construiu, com a ajuda de seus técnicos, na tentativa de estancar os problemas causados pelo herbicida 2,4-D no Rio Grande do Sul. Nenhuma delas trata da suspensão. Há iniciativas de curto, médio e longo prazo.
A primeira das ideias é também a mais simples: replicar o treinamento do Programa Deriva Zero, conduzido hoje pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RS), para o Estado.
A segunda é criar, a exemplo do que já é feito pela Defesa Civil, um sistema de alerta, via mensagem de texto no celular, das condições meteorológicas adversas para a aplicação do 2,4-D.
Outro ponto deverá ser a criação de regulamentação para a aplicação terrestre de agrotóxicos. Hoje, somente existem normas para a pulverização aérea.
– O Rio Grande do Sul seria o primeiro Estado a ter esse regramento – observa o secretário da Agricultura, Covatti Filho.
Para chegar à normatização talvez se leve mais tempo do que há no calendário da safra agrícola. Ou seja, poderá ser coisa para o próximo ano.
Por fim, a sugestão que talvez seja a mais ousada: criar um fundo de indenização, a ser alimentado pelas empresas que vendem o herbicida. Os detalhes de como o pacote será colocado em prática dependem, claro, de como o Ministério Público do Estado e as entidades diretamente envolvidas na questão irão reagir. A primeira reunião do grupo de trabalho deverá sair, finalmente, na próxima semana, passado mais de um mês desde a sua criação.
Pacote antideriva
Os sete pontos da proposta apresentada pela Secretaria da Agricultura
- Treinamento específico
- Sistema de alerta para a possibilidade de deriva
- Cadastro do aplicadores de 2,4-D e sincronização com o Sistema Integrado de Gestão de Agrotóxicos (Siga)
- Regulamentação para aplicação terrestre
- Cadastro e localização dos cultivos comerciais sensíveis
- Revisão das zonas sensíveis
- Criação do Fundo de Indenização