
A arbitragem cometeu um erro que pode até ser compreensível no campo, mas que se torna injustificável diante da análise em vídeo. O lance aconteceu no final do segundo tempo do Gre-Nal 447, ocorrido neste sábado (19).
Aravena recebeu um lançamento, invadiu a área e foi derrubado por Aguirre. Assim como a imagem da transmissão em tempo real não traz clareza sobre a infração, o árbitro Bráulio da Silva Machado não assinalou a penalidade em campo.
Só que o jogo tem VAR e a infração fica evidente a partir das imagens de outros ângulos. Aguirre tenta dar o bote, erra o tempo da bola e, no movimento seguinte, atropela Aravena.
A perna do defensor colorado atinge o atacante gremista dentro da área. A infração é clara.
O VAR, comandado por Wagner Reway, fez a parte dele: chamou o árbitro para revisar o lance. Bráulio foi ao monitor, assistiu à jogada por diversos ângulos — e manteve a decisão de campo. É aí que o erro se agrava.
A não mudança de decisão, mesmo com todos os elementos à disposição, transforma uma falha de campo em um erro capital. Um equívoco que não tem respaldo na imagem e que gera, com razão, grande controvérsia.
Vale lembrar: Bráulio da Silva Machado já chegou ao clássico cercado de questionamentos. Critérios confusos marcaram sua condução da partida, mas esse foi, sem dúvida, o principal ponto fora da curva.
Houve também um acerto relevante: o pênalti marcado para o Inter. Após cabeceio de Rogel, João Pedro bloqueia a bola com o braço dentro da área. A infração foi clara, e a arbitragem acertou ao assinalar a penalidade.
Resumo da atuação: o Gre-Nal 447 teve um erro grave de arbitragem em um lance decisivo e evidente no vídeo. O VAR funcionou. Mas a última palavra — e a responsabilidade — ainda é do árbitro de campo. E, nesse caso, Bráulio da Silva Machado falhou.