
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, reforçou as críticas ao mercado financeiro pela sua reação negativa à criação de empregos. O saldo de 137 mil novos postos de trabalho com carteira assinada em janeiro veio bem acima das 50 mil vagas estimadas, provocando alta do dólar e queda do Ibovespa, o índice das ações mais negociadas na bolsa de valores de São Paulo.
— Há uma neura do mercado que a gente não entende, quando reclama que tivemos número muito expressivos de criação de empregos. Acho isso uma aberração. Devíamos comemorar mais empregos e mais remuneração, com mais capacidade de consumo da classe trabalhadora. É isso que sustenta a economia — afirmou em entrevista ao Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha.
Assim como em outros países, especialmente nos Estados Unidos, o mercado financeiro vê criação de empregos acima do previsto como pressão de alta de preços, temendo que a inflação eleve mais o juro e iniba negócios. Os norte-americanos observam inclusive a redução ou não nos pedidos de seguro-desemprego, considerados pelo Federal Reserve (Fed, banco central de lá) para definir taxa de juro.
— Nós precisamos é ajustar como fazer com que o juro esteja totalmente sob controle para não inibir investimento e novos empregos — complementou o ministro.
Assista também ao programa Pílulas de Negócios, da coluna Acerto de Contas. Episódio desta semana: usina de R$ 6 bi, navios de petróleo em Rio Grande e ações da Renner
É assinante mas ainda não recebe a carta semanal exclusiva da Giane Guerra? Clique aqui e se inscreva.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Diogo Duarte (diogo.duarte@zerohora.com.br)
Leia aqui outras notícias da coluna