Com o pátio cheio de milhares carros, a General Motors (GM) voltou a paralisar a produção no complexo de Gravataí, na região metropolitana de Porto Alegre. Os trabalhadores tinham sido dispensados nesta segunda e terça-feira. A parada, porém, foi ampliada até sexta, suspendendo a fabricação durante toda a semana.
Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, Valcir Ascari, são 5 mil funcionários diretos na GM e nas sistemistas que ficam no complexo fabril. Contando os terceirizados, são 7 mil pessoas. O prefeito de Gravataí, Luiz Zaffalon, está fortemente preocupado com a arrecadação. Além das dezenas de milhões de ICMS que deixam de ser repassados desde as paradas da montadora no auge da pandemia, só em 2023, foram perdidos R$ 3 milhões em ISS, o imposto municipal sobre serviços.
Ontem, outra montadora, a Volkswagen, interrompeu a produção em uma fábrica de São Paulo. O setor automotivo já bateu recorde de paradas em 2023. Por isso, houve o programa temporário de estímulo às vendas pelo governo federal. O prolongamento, porém, comprometeria as contas públicas. Agora, a expectativa é para o início do corte do juro pelo Banco Central, para retomar o estímulo aos financiamentos.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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