A economia brasileira fechou o primeiro trimestre do ano com recuo de 0,68%. A comparação é com os últimos três meses de 2018. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) é calculado pelo Banco Central e é considerado uma prévia do PIB.
Em março sobre fevereiro, a queda é de 0,28%. Com isso, o IBC-Br atingiu 136,68 pontos, que é o menor patamar do indicador desde maio de 2018, mês da greve dos caminhoneiros, quando ficou em 133,21 pontos.
O IBC-Br tem um cálculo diferente do PIB, que é divulgado trimestralmente pelo IBGE. Ainda assim, é um forte termômetro da economia brasileira. O Banco Central considera o desempenho dos principais setores. Lembrando que a indústria brasileira vem registrando queda forte, puxada pelo desempenho ruim de São Paulo. O setor de serviços também registra recuo. Somente as vendas do varejo que têm apresentado desempenho positivo.
Entre os motivos apontados para a economia fraca, o principal é o atraso da reforma da Previdência. A situação abala o otimismo e segura investimentos privados, que são a grande aposta de retomada para deixar a crise brasileira para trás.
Com o resultado ruim, o acumulado dos últimos 12 meses apontou desaceleração. Ficou com um crescimento de apenas 1,05%. Essa comparação é importante como parâmetro da economia em um prazo mais longo.
Lembrando que o ministro da Economia, Paulo Guedes, falou nessa terça-feira (14) que o Governo Federal reduziu para 1,5% a previsão de crescimento da economia em 2019. Falou que está no "fundo do poço".
O relatório Focus já tinha apontado que o mercado reduziu a projeção para 1,45%, cortando a aposta para o PIB há 11 semanas consecutivas. O documento traz a mediana das projeções de analistas, instituições financeiras e entidades empresariais.
Ainda nesta quarta-feira (15), o Banco Central divulga o Índice de Atividade Econômica para alguns Estados. Entre eles, o Rio Grande do Sul. Enquanto isso, veja o último resultado do IBCRRS: Apesar da queda nacional, economia do RS manteve-se estável em fevereiro