Um dos bares mais conhecidos da Cidade Baixa, em Porto Alegre, instalou 260 painéis para geração de energia solar. O projeto foi elaborado para o Bar do Beto pela EGP Energy, empresa de São Leopoldo. As placas foram, inclusive, instaladas em um prédio onde o proprietário tem um estacionamento, já que o telhado do restaurante não seria suficiente.
— O cliente já está produzindo R$ 9 mil em energia por mês, ou seja, uma economia anual de R$ 100 mil. Em 25 anos, serão produzidos R$ 2,7 milhões em energia - diz Adriane Menezes, diretora administrativa da EGP.
A ideia é recuperar em quatro anos o investimento feito. É o chamado "pay back", quando o valor aplicado "se paga" pela economia que é feita ao longo do tempo.
Proprietário do Bar do Beto, Fábio Fontana conta que a luz estava sendo uma das maiores despesas do local. Tentou alternativas como o LED e novos equipamentos de ar condicionado, mas o impacto seguia grande.
Como se faz um projeto de geração de energia solar? Diretor da EGP Energy, Wolmar Leindecker dá um passo a passo:
1 - É feito um estudo detalhado da necessidade do cliente através de sua fatura de energia e do telhado ou do solo, dependendo de onde serão instalados os painéis solares.
2 - Após fechado o negócio, é feito o projeto elétrico que será encaminhado para a concessionária de energia. A emrpesa analisa e aprova em até 15 dias.
3 - Com o projeto aprovado, começa a instalação dos painéis fotovoltaicos, inversores, aterramento e toda instalação elétrica necessária.
4 - Finalizado o processo, a concessionária faz a vistoria para verificar se a instalação está de acordo com as normas da Agência Nacional de Energia Elétrica. A Aneel, então, aprova o que não deixa de ser uma "usina".
5 - É feita a substituição do relógio de medição convencional por um bidirecional, que irá registrar a produção e o consumo do cliente. O consumidor fica apto a receber os créditos caso produza mais energia do que consome.